Mães de família reclamam de bloqueio em massa do auxílio emergencial
“Isso não é justo não, eu tenho duas crianças e estamos passado o maior aperreio”
As histórias variam muito mas a realidade é a mesma: o auxílio de 600 reais foi bloqueado. Um “pente fino” do governo tem causado uma série massiva de bloqueios indevidos que estão tirando o sono de mães de família no Brasil inteiro.
Em um dos casos o benefício foi reduzido para 200 reais. É o nosso primeiro caso. residente de Cocos, Bahia, que pediu para ficar em anonimato:
“A mulher do CRAS não explicou. Falou que é coisa do governo. Eu tenho filho de 2 anos e ainda estou grávida. Não tenho nenhuma renda. E meu auxílio foi cancelado sem nenhuma explicação pra mim. E eu preciso muito. Porque eu não tô podendo trabalhar, sem renda nenhuma, não recebo pensão dos filhos e 200 reais não dá pra sobreviver morando sozinha. Eu nem tô dormindo direito, preocupada”.
Outro é o caso de Érica, Paraíba. Víuva de dois filhos. Tinha apenas o Bolsa Família. Foi receber a quinta parcela e a conta estava zerada. Até agora está zerada. Ela não tem renda nenhuma. Dois filhos pra dar de comer, o cadastro do Dataprev e da Bolsa Família está regularizado. Ela insiste que não tem nenhum erro ou irregularidade, apenas o dinheiro que não veio. Ela conta que casos assim se tornaram comuns em Pocinhos, Paraíba, mas que isso não aparece na mídia. “Isso não é justo não, eu tenho duas crianças e estamos passado o maior aperreio”, se lamenta Érica.
Tatiane de Oliveira, de Bom Jesus do Galo, Minas Gerais, também foi surpreendida em agosto com a ausência do pagamento. “Estava pagamento bloqueado, decisão do ministério. Sem justificativa. Sou mãe de 5 filhos, sou viúva, pago aluguel e não tenho nenhuma resposta”. Ela alega que até agora não tem uma justificativa para o bloqueio do pagamento enquanto ela passa dificuldade. “É direito nosso, esse dinheiro nosso, eu fico indignada. Aqui na minha cidade tem muita gente que aconteceu isso. No meu cadastro tá tudo okay”.
Nos CRAS de São Paulo a demanda estava tão alta que eles fizeram um comunicado padrão para explicar que era decisão do ministério o bloqueio em massa. Apesar de parecerem casos isolados, a diversidade geográfica e o fato de serem pessoas que insistem que seu cadastro está regular sugere que é um problema no sistema de pagamento ou operação política do governo.
Segue o print do CRAS de São Paulo:
Esses filho da mãe nao sabe oque e a miséria em meio a pademia ficão durando o sono das nossas mamãe do brasil